O misterioso desaparecimento de uma relíquia conduz um jornalista sem sorte a Madrid. Suspense e ironia numa versão actual do Cândido, de Voltaire.
Lorencito Quesada é um jornalista sem sorte. Sempre agarrado ao seu pequeno gravador Sanyo, colabora no jornal da sua cidade natal, Singladura, que, a julgar pelo que lhe paga, não aprecia verdadeiramente o seu trabalho – os textos de Lorencito são um conjunto disforme de tópicos e frases feitas que ele cultiva como se um verdadeiro estilo se tratasse…
O misterioso desaparecimento do Santo Cristo de la Greña, padroeiro da cidade, conduz Lorencito à capital espanhola. Para recuperar a imagem do santo, Lorencito terá de decifrar vários enigmas, enfrentar pessoas sem escrúpulos e superar a sua cobardia e inexperiência como detective.
Madrid, nos princípios dos anos 90, converte-se aqui num cenário, simultaneamente real e fantasmagórico. Uma intriga policial, onde Molina confere um papel preponderante a um registo irónico, transformando esta narrativa de aventuras e desventuras numa versão actual do Cândido, de Voltaire.